Endocrinologia
e Metabologia

Diagnóstico e tratamento de disfunções hormonais de forma humanizada

Atuação do Endocrinologista

A tireoide é uma glândula situada na região anterior do pescoço, produz os hormônios T3 e T4, responsáveis pelo metabolismo celular global (funcionamento das células, utilização e armazenamento de energia). Seu funcionamento é regulado pelo TSH, hormônio produzido por outra glândula, a hipófise, situada no cérebro.

A alteração na produção hormonal da tiroide pode levar a quadros de hipotiroidismo (falta de hormônio) ou hipertiroidismo (excesso de hormônio).

Existem também casos de nódulos tiroidianos, que geralmente não tem relação com a produção hormonal da glândula, porém podem vir associados a quadros de hipo ou hipertiroidismo.

Ao diagnosticar-se um nódulo na tiroide a avaliação individualizada é fundamental, haja vista a possibilidade de câncer de tiroide.

Diabetes mellitus é uma doença relacionada a disfunção do controle glicêmico do organismo. O excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia), usualmente ocorre devido à deficiência na secreção de insulina pelo pâncreas ou incapacidade de ação do hormônio de forma correta (resistência insulínica).

Pode ser uma doença silenciosa ou manifestar-se com sintomas como excesso de fome e sede, aumento de volume urinário, perda de peso, tontura, alterações visuais, infecções recorrentes, disfunção sexual.

É diagnosticada através de exames laboratoriais como glicemia de jejum, hemoglobina glicada ou pelo teste de tolerância oral a glicose, conhecido como curva glicêmica.

Associado ao diabetes o paciente pode apresentar excesso de peso, gordura no fígado (esteatose hepática), alteração do colesterol e até disfunções renais.

O tratamento pode ser realizado com medicamentos por via oral ou injetável, em alguns casos baseia-se no uso de insulinas.

São as principais gorduras encontradas na circulação sanguínea. Podem ser produzidos pelo fígado e absorvidos pelo intestino de acordo com nossa alimentação.

Em geral, o colesterol é utilizado para a produção de hormônios e como componente de nossas células. Costumamos classificá-lo em colesterol bom (HDL) e colesterol ruim (LDL). Este último, quando em excesso, relaciona-se ao aparecimento de doenças cardiovasculares como infartos e derrames (AVC).

Os triglicerídeos funcionam como reserva energética a partir de alimentos que consumimos, como gorduras e carboidratos (pães, massas, doces, bebidas alcoólicas). O consumo excessivo de carboidratos faz com que o fígado produza triglicerídeos a partir dos açúcares destes alimentos, estocando-os no tecido gorduroso e no próprio fígado (esteatose hepática).

O diagnóstico de alterações do colesterol e triglicerídeos é realizado através de exames laboratoriais e o tratamento envolve modificação da dieta, atividade física, e em alguns casos a associação de medicamentos específicos como estatinas e/ou fibratos.

As glândulas adrenais (ou suprarrenais) são encontradas acima dos rins, responsáveis pela produção de hormônios como aldosterona, cortisol, catecolaminas (adrenalina/ noradrenalina) e hormônios sexuais (como exemplo, a testosterona).

O diagnóstico de disfunção das adrenais pode se iniciar com a descoberta de um nódulo na glândula, visto em exames de imagem como tomografia ou ressonância magnética.

De modo geral, quando há nódulos, estes podem se relacionar a excesso de produção hormonal, com manifestações clínicas características, como, por exemplo, o excesso de aldosterona (hipertensão arterial) e o excesso de cortisol (hipertensão arterial, diabetes, obesidade, perda de massa óssea). Há também casos de carcinoma de suprarrenal, porém de ocorrência mais rara.

Por outro lado, existem as deficiências de produção hormonal, como o deficit de cortisol (doença de Addison), e as deficiências congênitas de um ou mais hormônios adrenais (hiperplasia adrenal congênita).

O diagnóstico pode ser feito com avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem, direcionando o endocrinologista ao tratamento adequado em cada situação.

A hipófise é uma glândula situada no sistema nervoso central (cérebro), que produz hormônios que agem regulando o funcionamento de outras glândulas no nosso organismo.

Como exemplo, podemos citar a produção de LH e FSH com estímulo ao funcionamento dos ovários (produção de estrogênio) e dos testículos (produção de testosterona).

Há ainda a produção de TSH com estímulo para o funcionamento adequado da tiroide, assim como o ACTH que estimula a produção hormonal das adrenais. Além destes, há a produção de hormônios como o GH (hormônio do crescimento), ADH, ocitocina e prolactina, cada um com sua ação peculiar.

As doenças hipofisárias podem ter manifestações clínicas devido à deficiência ou excesso dos hormônios produzidos pela glândula.

Alguns sintomas são originados devido a esta disfunção, como deficit ou excesso de crescimento, dor de cabeça, alterações visuais, distúrbios menstruais, dentre outros.

O diagnóstico pode ser feito com avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem, determinando com clareza o(s) hormônios(s) alterado, possibilitando tratamento específico, seja ele com medicamentos por via oral, injetáveis ou até cirúrgico.

O controle dos níveis de cálcio no organismo é realizado pelo PTH (paratormônio), produzido pelas glândulas paratiroidianas, situadas no pescoço, atuando nos rins, ossos e intestino. As disfunções de secreção do PTH podem levar a falta ou excesso de cálcio.

O excesso de produção e secreção de PTH é chamado hiperparatiroidismo, relacionado ao cálcio elevado no sangue (hipercalcemia), com manifestações clínicas como nefrolitíase (pedra no rim), distúrbios gastrointestinais, fraqueza muscular, arritmias e aumento do risco de fraturas, uma vez que é considerado causa de osteoporose. O diagnóstico da causa do hiperparatiroidismo é fundamental, para que de acordo com avaliação clínica e laboratorial o melhor tratamento possa ser indicado ao paciente, como a cirurgia nos casos de distúrbio primário da glândula.

Por outro lado, a deficiência da secreção de PTH, chamada hipoparatiroidismo, é responsável por níveis baixos de cálcio no sangue (hipocalcemia), com manifestações clínicas como “formigamentos”, câimbras, espasmos musculares, arritmias, fadiga e até convulsões.
O tratamento consiste na reposição de cálcio e vitamina D por via oral, de forma a manter a calcemia normal, controlando também os níveis de fósforo que costumam ficar elevados na doença sem tratamento.

A osteoporose é uma doença caracterizada pela fragilidade óssea, com alterações na estrutura do osso que predispõe a ocorrência de fraturas com mínimos traumas. Afeta mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Não apresenta manifestações clínicas específicas, até que ocorra a primeira fratura. Essas fraturas ocasionam dor, incapacidade física, deformidades, redução de estatura, limitação de movimentos e promovem deterioração da qualidade e expectativa de vida. Os locais mais comumente acometidos por fraturas são: quadril, punho, coluna vertebral, braço.

O diagnóstico da osteoporose é realizado através do exame de densitometria óssea. Além deste, todos os pacientes com osteoporose devem realizar outros exames, com objetivo de identificar fatores que possam contribuir para perda de massa óssea, bem como avaliar possíveis causas para a doença (chamada osteoporose secundária).

Há certos fatores de risco relacionados à osteoporose e ocorrência de fraturas, especialmente no período da pós-menopausa, como: história pessoal e familiar de fratura, baixo peso, uso de glicocorticoide oral por mais de 3 meses, tabagismo, ingestão abusiva de bebidas alcoólicas, sedentarismo e baixa ingestão de cálcio na dieta.

O tratamento pode ser feito com diversos medicamentos, de acordo com as possíveis causas da doença, enfatizando além do tratamento específico, a necessidade de ajuste da dieta, prática de atividades físicas, reposição de vitamina D, medidas para minimizar o risco de quedas, como correção de déficits visuais, apoios e tapetes antiderrapantes no banheiro (evitar pisos escorregadios, tapetes soltos, melhoria da luminosidade em casa e cuidados com escadas/degraus).

O excesso de pêlos na mulher, é chamado “hirsutismo”, relaciona-se ao aparecimento de pêlos em regiões do corpo onde habitualmente predominam no sexo masculino, como barba/bigode, ao redor dos mamilos e região torácica, abdômen, nádegas, região interna das coxas. Geralmente ocorre por excesso na produção de hormônios masculinos (androgênicos), tendo diversas possíveis causas, dentre elas a síndrome dos ovários policísticos.

A síndrome dos ovários policísticos é uma das alterações endócrinas mais comuns em mulheres em idade reprodutiva. Caracteriza-se pelo excesso de hormônios masculinos (androgênicos), que podem resultar em alterações clínicas como acne, irregularidade menstrual, excesso de pêlos, obesidade, cistos ovarianos e até infertilidade. Pode estar relacionada a resistência a ação da insulina e consequente alterações de glicemia com indicação de tratamento específico.

A doença manifesta-se de forma heterogênea, ou seja, não se apresenta sempre da mesma maneira, cada paciente pode ter suas particularidades. Para seu correto diagnóstico e manejo clínico devem ser realizadas dosagens hormonais, associadas a ultrassonografia ginecológica para avaliação dos ovários.

O tratamento é multifatorial, englobando perda de peso, normalização da resistência a insulina e controle hormonal para restauração dos ciclos menstruais e fertilidade.

Muitos pacientes têm interesse em se submeter a cirurgia bariátrica, porém algumas vezes sem informações suficientes sobre o assunto.

O tratamento cirúrgico para obesidade tem suas indicações e restrições. Costuma ser indicado para pacientes em tratamento clínico regular há pelo menos 2 anos, com realização de dieta, atividade física, acompanhamento psicológico e tratamento farmacológico, que não conseguiram perder peso ou manter a perda de peso. Nestes casos avalia-se o IMC (índice de massa corpórea – relação entre peso e altura), sendo indicada cirurgia em casos de IMC >40 kg/m² ou > 35 kg/m² com uma ou mais doenças graves relacionadas a obesidade (nas quais a perda de peso induzida com a cirurgia é capaz de melhorar a condição).

O tipo de cirurgia a ser realizado depende do peso e comorbidades de cada paciente, sendo consideradas cirurgias restritivas, disabsortivas ou mistas.

Na avaliação pré operatória é importante que o paciente seja acompanhado por uma equipe multiprofissional (cardiologista, endocrinologista, psicólogo e/ou psiquiatra, nutricionista, cirurgião) e tenha suas doenças crônicas compensadas da melhor forma possível (diabetes, hipotiroidismo, alteração de colesterol e deficiências de vitaminas).

O acompanhamento pós operatório é fundamental para monitoramento e reposição de vitaminas, acompanhamento de massa óssea e doenças associadas, além do controle de peso. Nos primeiros 2 anos da cirurgia ocorre maior perda de peso, porém há casos de reganho após este período.

Por isso é importante salientar que a cirurgia bariátrica é uma etapa muito importante no tratamento da perda de peso, porém não pode ser vista como um processo único e definitivo, necessita mudança de hábitos de vida como reeducação alimentar e prática de atividades físicas regulares para que se chegue a um bom e duradouro resultado.

Muitas vezes a suspeita de deficiência hormonal nos homens ocorre devido ao aparecimento de sintomas como diminuição do desejo sexual, irritabilidade, aumento da gordura abdominal, diminuição da ereção matinal, diminuição da massa e força musculares, redução da disposição para a realização de atividades físicas.

O conjunto destes sintomas associado a dosagem de testosterona em níveis reduzidos em pelo menos 2 coletas diferentes, é chamado de hipogonadismo masculino.

Esta condição, quando presente, deve ser sempre investigada. Atualmente, uma causa muito importante de hipogonadismo masculino é a obesidade e síndrome metabólica, devendo ser avaliada conjuntamente com outras possibilidades como uso de medicamentos e substâncias que reduzam a produção normal de testosterona, doenças de origem testicular ou hipofisária.

De acordo com o resultado da investigação inicial, afastadas outras causas para o distúrbio, há indicação de reposição hormonal com testosterona. Deve-se respeitar doses adequadas, intervalo de administração e monitoramento periódico com exames durante o tratamento.

Dra. Kassia Reuter

  • Graduada em Medicina pela Uniderp – Anhanguera em 2008
  • Residência de Clínica Médica pelo Hospital Ipiranga – São Paulo (2009-2011)
  • Residência de Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina do ABC (2011-2013)
  • Título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM (2013)
  • Membro titulado da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
  • Mestre em Endocrinologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2018)
  • Docente do curso de Medicina da Uniderp (desde 2019)
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